O Jornal Pontivírgula

Estou no segundo ano do curso de Comunicação Social. Desde sempre que vivo para a moda e o design, mas foi aqui que percebi que adorava escrever. E, escrever sobre moda era o ideal. 

Este ano surgiu a oportunidade de começar a escrever para o jornal da faculdade. Ou melhor, fui convidada para ter a minha própria coluna de moda pela directora do jornal, a Patrícia (que também gere um site sobre música -  FYMS - aconselho vivamente!).

Devo dizer que não é uma tarefa fácil: é necessária criatividade para a escolha do tema mas também é imperativo ter um ponto de vista ou uma opinião sobre o assunto para conseguirmos iniciar a produção de conteúdo. Senti-me como um peixe fora de água no meio dos meus colegas de terceiro ano e com anos luz de experiência. 

(para ler a coluna completa, clicar aqui)

Não é fácil mas fui conduzida da melhor forma por várias pessoas que integram o jornal e que me ajudaram em tudo o que necessitei.

Assim, posso afirmar que é uma honra fazer parte desta equipa de pessoas talentosas e com forte espírito crítico.

(para ler a coluna completa, clicar aqui)

Convido-vos a ler a primeira edição do jornal:

http://issuu.com/jornalpontivirgula/docs/pontiv__rgula_-_n__16

Tal como a última edição que saiu:

http://issuu.com/jornalpontivirgula/docs/pontiv__rgula_n__17/1

Stan Smith, ADIDAS

Stan Smith by ADIDAS

Marques'Almeida x Topshop

Se calhar já venho tarde, mas não podia deixar passar esta parceria.

Conheço Marques'Almeida desde que começaram a apresentar na Moda Lisboa, assisti a vários desfiles e posso dizer que são dos meus criadores portugueses preferidos. A sua estética simples, mas de construção complexa, a ganga rasgada e o revivalismo dos anos 90 é único na indústria da moda.

A parceria com uma das maiores marcas mundiais de fast fashion é uma grande conquista para a dupla de designers. Mas também, é um reconhecimento do bom design português e uma reafirmação da nossa qualidade enquanto criativos.

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Topshop

Inspiração

Camisolas de gola alta, cinzentas, relaxed fit.

Alexander Wang x H&M

Sigo a carreira do Alexander Wang desde que começou com a sua marca. Sou adepta do design minimalista aliado ao streetstyle que tão bem o caracteriza. Nas semanas da moda internacionais, as suas colecção são sempre um sucesso comercial e um bafejo refrescante a nível de design.

Quando a H&M anunciou a colaboração, toda a comunidade da moda, bloguers, fashionistas, adeptos, consumidores, compradores, (incluindo eu), ficaram em expectativa para conhecer a colecção. Quando esta saiu, ficou aquém do que se esperava. Todo o lookbook muito bem pensado com uma história e um conceito bem definidos e um styling perfeito. Mas individualmente, as peças perderam força. E consequentemente, o conceito também perdeu força, demonstrando a inspiração literal de gymwear. Faltou ousadia, faltou o elemento surpresa, faltou apuração no design individual de cada peça. 

Mas não foi por isso que eu deixei de querer ver de perto a colecção.

Não é a primeira vez que adquiro peças destas parcerias, por isso sei o que a casa gasta. Apesar, fiquei surpreendida com a qualidade da colecção. Materiais impecáveis (dentro dos possível, não nos podemos esquecer que é uma colecção low cost), costuras exímias, acabamentos perfeitos e uma atenção fora do normal aos detalhes das peças. As caixas, os sacos, os cabides, as etiquetas foi tudo pensado ao pormenor. 

Acredito piamente que o que fez esta colecção tão falada foi a elevada produção, desde o desfile, às imagens promocionais e à grande máquina de marketing.

Digam-me de vossa justiça.

Será que é desta?

Inúmeros meses e incontáveis conceitos depois, cá estamos nós outra vez. Mil e uma voltas à cabeça e continuo sem saber o rumo que quero que este espaço leve. O meu dilema prende-se com o facto de existirem "blogues de moda" aos pontapés, trambolhões e em cada esquina. Sim, "blogues de moda" sem qualquer tipo de conceito ou qualidade criativa e que na maioria dos casos apenas servem para self-promotion. Os blogues portugueses com real relevância e conteúdo contam-se pelos dedos, e eu gostaria que este espaço fosse mais um a acrescentar à contagem. 

Com o design de cara lavada, o nome renovado e o ambiente mais descontraído, pretendo tudo e nada. Pretendo falar da forma que eu quiser e sobre o que eu quiser, sem me prender a regras ou restrições, sem me conter na minha opinião. Pretendo desmitificar esta indústria tão assustadora para uns e tão superficial para outros. 

Será que é desta?